Propostas de ex-vereadores tratam de transparência, IPTU e solo urbano. Votação ocorreu na reunião de quarta-feira (10).
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Reunião ordinária Câmara Municipal de Uberaba 10 de fevereiro de 2021 — Foto: Rodrigo Garcia/Câmara Municipal de Uberaba
A Câmara Municipal de Uberaba votou, na reunião ordinária de quarta-feira (10), sete vetos do Executivo a Projetos de Lei (PLs); seis foram derrubados e um foi mantido.
Cinco projetos são de autoria do ex-vereador Thiago Mariscal, que tratam de transparência no município; um de autoria do ex-vereador Agnaldo Silva, e um de autoria do ex-vereador Rubério Santos, que tratam do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do solo urbano, respectivamente.
Nesses casos, as leis são automaticamente promulgadas pela Câmara. Entretanto, caso seja contrário à decisão dos parlamentares, o Executivo pode recorrer à Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para tentar invalidar a leis.
Transparência de verbas dos servidores
O primeiro veto total pelo Poder Executivo derrubado pelos vereadores trata da transparência quando do recebimento de valores acrescidos ao salário do servidor público municipal. O PL, de autoria do ex-vereador Thiago Mariscal, foi aprovado pela Câmara em novembro de 2020.
A proposição, vetada pelo governo municipal diante justificativa de inconstitucionalidade, determina que todas as verbas adicionais que integrem a remuneração do servidor devem ser especificadas e deverão constar no Portal da Transparência.
“Deverão ser divulgados o nome do servidor, função desempenhada, motivação para o recebimento de adicional de horas extras, gratificação e/ou função gratificada, cargo em comissão, dentre outros, origem do recurso, lotação, carga horária, matrícula, e valor atribuído à folha de pagamento e período previsto para o recebimento”, esclareceu o vereador.
Ainda de acordo com o PL, quando o servidor estiver exercendo qualquer função em comissões nas administrações públicas, deverá conter, também, o detalhamento e as razões.
Entre as ponderações da Prefeitura, o texto do veto total cita a importância e a garantia do direito a todos de manter resguardada a sua intimidade e a sua dignidade humana, inclusive a garantia de todos a terem um tratamento igualitário.
“A exemplo, pode ser citado o empregado do setor privado, que ao desejar que a sua remuneração não seja averiguada por todos, ferindo a sua dignidade e privacidade, o servidor público também possui o mesmo direito. Para chegarmos a um conceito sobre privacidade, deve ser feita uma análise de cada caso “in concreto”, para assim, atribuir um juízo de valor”.
A linha de raciocínio apresentada pelo Município foi defendida pela vereadora Luciene Fachinelli (PSL), que é servidora municipal há anos na cidade.
Identificação de terrenos públicos
Os parlamentares analisaram o veto total sobre a afixação de placa de identificação de terrenos públicos. Conforme a A Lei Municipal 13.341/2020, reporta-se à identificação dos terrenos públicos localizados no perímetro urbano de Uberaba, os quais deverão conter placas contendo a identificação da matrícula do imóvel, bem como a informação se ele é público.
No entanto, na avaliação do governo municipal, a lei proposta “invade a competência legislativa privativa do Chefe do Poder Executivo”. O veto total foi mantido pelos parlamentares. O PL foi elaborado pelo ex-vereador Thiago Mariscal.
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Pessoa digita em computador, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução
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