Município afirmou que custo para completar os 30 mil testes seria de R$ 900 mil.
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Imagem ilustrativa de teste PCR — Foto: Horth Rasur/Shutterstock
A Prefeitura de Uberaba informou, no último sábado (27), que teve que devolver 30 mil testes de Covid-19 do tipo RT-PCR ao Ministério da Saúde porque o material estaria incompleto e inviável para ser utilizado no município.
Segundo os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o material enviado pelo Ministério não contém o kit de coleta da amostra, que consiste, dentre outras coisas, o swab, que é o cotonete aplicado na região nasal e o tubo onde o material colhido é armazenado para ser enviado ao laboratório.
Um levantamento feito pela SMS apontou que o custo para o Município adquirir o material restante para completar o kit é de cerca de R$ 30 por teste – o que seria extremamente oneroso, segundo a Prefeitura, pois o custo total seria de R$ 900 mil.
Além do custo do kit, outro problema apontado pela administração municipal é em relação ao desencontro de informações quanto à armazenagem. Na bula, consta que os testes devem ser mantidos em -22º; já na nota fiscal do produto, constam que devem ser armazenados entre -6º e -2º. A Prefeitura explicou que o material foi entregue em gelo seco e rapidamente armazenado em câmara fria, atendendo a determinação da bula.
Outro ponto avaliado pela Prefeitura diz respeito ao prazo de validade dos testes, que é no final de abril. Segundo a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), parceira da SMS no monitoramento da Covid-19 em Uberaba, a capacidade de processamento desse material no laboratório deles seria de 100 testes diários. Considerando o prazo de vencimento do material enviado pelo Ministério da Saúde, a utilização de todos os testes seria inviável para o Município.
Diante desta situação, a Prefeitura afirmou que optou por devolver ao Governo Federal o material e requisitar que disponibilize, o mais rápido possível, testes que sejam realmente viáveis para serem utilizados.
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